quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

18º Dia - 13/02 - Segunda-feira - Villa O'Higgins-Cochrane


Hoje estava previsto um passeio de barco: Excursão para o Glaciar O’higgins. Seria o dia inteiro, um passeio parecido com o que fizemos na Laguna San Rafael, mas as imagens prometiam bem mais, pois este fica no Campo de gelo patagônico sul, onde também estão localizados o Fitz Roy, o Perito Moreno e as Torres Del Paine. Mas, o passeio foi cancelado pela agência de turismo, devido as previsões de vento muito forte na Lagoa O’higgins, podendo provocar ondas de até 4 metros de altura. Poderíamos aguardar para tentar fazer o passeio na terça-feira, mas correríamos o risco de acontecer a mesma coisa, então resolvemos continuar a nossa viagem. Se não tivéssemos feito o passeio na Laguna San Rafael, provavelmente esperaríamos, mas assim não foi de todo ruim.
Uma das desvantagens de cancelar este passeio, é que gostaríamos de conhecer Candelário Mancilla, uma Villa que fica ao sul de Villa O’higgins, mas para ir até lá precisa pegar um barco de 2,5 horas. E este passeio estava incluído no passeio do Glaciar. A partir desta vila, pode-se realizar a travessia até El Chaltén, na Argentina, mas só é possível a pé (aproximadamente 2 dias de caminhada), a cavalo, bicicleta ou algum maluco de moto. Esta é uma outra vontade minha (Ana), mas desta vez não seria possível já que estamos de carro. Quem sabe no futuro, quando voltarmos para El Chaltén (precisamos voltar lá, pois da outra vez foi muito rápido), agente não faz a travessia ao contrário e assim conhecemos Candelário Mancilla.
Começamos então nossa viagem de volta.
Antes de sairmos da cidade fomos até Bahía Bahamondéz, que é o porto de onde sai o passeio que faríamos, e é também onde hoje termina a Carretera Austral. Fica uns 7 km de Villa O’higgins, e precisávamos ir lá para tirar uma foto. Depois seguimos pelo mesmo caminho de ontem em direção a balsa, que saía as 11hs.
Esta balsa, no lado de Puerto Yungay tem uma lanchonete e banheiros, do lado de Vila O’higgins só tem banheiro, e olhe lá. Só 50% dos 2 estavam em atividade.
Ao chegar do outro lado do rio, Puerto Yungay, tivemos uma surpresa. Não tem estrutura nenhuma, apenas a lanchonete. Tínhamos programado para dormir ali na vinda, só não fizemos pois tivemos o problema com o carro, e acabamos dormindo em Cochrane e depois passamos direto para não perder a balsa. Sorte! Nada acontece por acaso. Se tivéssemos vindo até aqui para dormir, teríamos que voltar uns 42km para procurar hospedagem em Caleta Tortel, que é a localidade mais próxima.
Continuando o retorno, após 20km saímos da carretera num entroncamento por mais 22km até Caleta Tortel. Fomos até lá para conhecer. Outra surpresa: A vila é enoooooorme. Pelas fotos, pensávamos que era pequena, mas quando resolvemos caminhar para chegar até a famosa praia, noooossa. Sobe escada, desce escada, e nada da praia. O local é surpreendente! É uma vila construída em cima de palafitas na encosta de um morro. As ruas são passarelas de madeira. Não se toca o chão, a não ser na tal praia. Mas para chegar lá precisa atravessar uma passarela sobre uma espécie de banhado. Passeando pelas passarelas encontramos várias praças, colégios, bombeiro, prefeitura, posto policial, tudo em cima das palafitas. Existe uma passarela (corredor de madeira) que contorna o morro, e a partir desta, se sobe através de escadas para se chegar as casas, e a outras “ruas”, que também, como tudo ali, é feito de madeira. Até o parquinho das crianças. Na nossa programação original, passaríamos ali na ida, e teríamos uma hora para conhecer a cidade antes do horário da balsa. Acabamos passando na volta, e foi bem melhor assim, pois ficamos 3 horas ali. Se tivéssemos passado na ida, não teria dado tempo de chegar até a praia, e assim não teríamos noção do tamanho da vila. Nada acontece por acaso.
Saindo de Tortel, fomos para Cochrane, onde será nosso pernoite de hoje. Confirmamos hoje o que desconfiamos quando passamos na vinda. Aqui é difícil conseguir hospedagem. Se tiver como reservar, melhor. Aqui é a maior cidade da região sul. Tem uma Reserva Nacional, onde se vai para avistar huelmules (um parente do viado), e está próximo ao rio Baker, que é famoso. Mas, deve ter algum outro atrativo para chamar tanto turista. Não descobrimos o que é.



Bahía Bahamondéz. O final da Carretera Austral. Tanto a estrada até aqui, quanto o porto estão em obras

Passando por Villa O'higgins novamente

Um dos vales do caminho.

A placa que marcava o final da Carretera em Puerto Yungay. 

A placa já está detonada. 

As poucas casas em Puerto Yungay. É só isso. Couberam todas na foto.

A igreja e o posto do exército em Puerto Yungay

Caminho entre Yungay e Tortel

Caleta Tortel: Aqui é o estacionamento. Apartir daqui se desce através de escadas para chegar a "rua principal", que é a passarela a "beira-mar"

Mirante

Descer não foi nada. O pior estava pra volta.

Depois daquela ponta de morro tem mais cidade

Casa em construção

Na "beira-mar"



Chegando na prainha

passarela que atravessa para a praia





A praça principal

O mapa da cidade. Foi aqui que levamos o susto, pois descobrimos que ainda estávamos na metade do caminho (de ida), e já estávamos cansados.


Estrada de acesso a Tortel 



Indo para Cochrane

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