Hoje rodamos 93km entre Puyuhuapi e Puerto Cysnes. No caminho entramos no Parque Nacional Queulat - 20,4km de Puyuhuapi - onde está o Ventisqueiro Colgante, um Glaciar pendurado na montanha. Para chegarmos ao mirante tivemos que fazer uma trilha (trekking). Foram 2 horas e meia de praticamente só subida e 1 hora e meia de retorno, praticamente só descida. Estamos exaustos e por isso não postaremos as fotos hoje. Amanhã postaremos as fotos e detalharemos mais o dia, que foi inesquecível.
Como prometemos, abaixo a postagem do dia de ontem.
Ontem, domingo dia 05, descobrimos o porquê dizem que neste trecho da carretera chove 360 dias por ano, pois acordamos em Puyuhuapi com uma chuvinha mansa que vinha, parava um pouco e retornava em seguida. Este panorama não se alterou o dia todo. Resolvemos deixar a cidade por volta das 11 e meia, depois de um passeio pela área central e de descobrir que os 3 passeios que queríamos fazer ficavam na carretera em direção ao sul.
Após 20 km chegamos na entrada do Parque Nacional Queulat, onde fica o Ventisquero Colgante. A 1 km da carretera fica a guarita dos guardaparques, onde pagamos para entrar 8000 pesos (equivalente a 30 reais) e a 1 km desta fica o estacionamento, onde deixamos o carro e nos preparamos para a caminhada. Para quem deseja fazer este passeio deve prestar atenção na trilha a percorrer, pois a partir do estacionamento começam várias delas. Nosso ritmo não foi lento, nem tampouco rápido. No caminho tem alguns pontos de parada com bancos e mirantes. É basicamente subida, com poucos pontos de descida. Não precisa dizer que o caminho é fantástico. Logo na saída tem uma ponte pencil com um rio furioso correndo em baixo, depois cachoeiras, mata fechada, troncos e pássaros, tudo bem cuidado e preservado. No caminho além da chuva que ia e vinha tinha ainda o problema da temperatura, que hora ficava calor e o suor brotava e hora ficava muito frio, tendo que recorrer a luvas e capuz. Duas horas e meia depois chegamos ao mirante de observação do Ventisquero Colgante, um imenso bloco de gelo pendurado no alto de uma montanha que ao derreter se transforma em duas imensas cachoeiras principais e em várias outras menores, que apesar de aproximadamente 1 km de distância nos proporcionou uma paisagem fantástica. De vez em quando se escutava o estrondo do gelo se partindo e logo a seguir o volume de água de uma das cachoeiras aumentava.
Quando chegamos ao mirante, o tempo tinha acabado de fechar, então ficamos uma hora lá em cima esperando que o tempo se abrisse.
O tempo que hora abria e fechava não nos proporcionou uma boa visualização, pois o sol não apareceu em nenhum momento para aí sim nos mostrar com todo o seu esplendor. As nossas máquinas fotográficas também não conseguiram capturar bem o local, fazendo com que o branco das nuvens e neblina se confundisse com o branco azulado do ventisquero. Mas podemos nos considerar contemplados, pois se não conseguimos chegar num dia de sol, também não chegamos num dia sem abertura nenhuma, e como disse o caraminero de Puyuapi quando perguntamos se num dia como o de ontem conseguiríamos ver algo ele respondeu “tem horas que se vê e tem horas que não se vê”.
Quando estávamos satisfeitos, resolvemos descer, o que levou uma hora e meia.
De volta a carretera iríamos passar em mais dois pontos, a cachoeira Padre Garcia e o Bosque encantado, a primeira a 300 metros da carretera e o segundo a 1700 metros, porém as entradas ficam na própria carretera, sem estacionamento, sem mais ninguém por perto e suas trilhas de entrada estreitas e com vegetação quase tomando conta. Nos dois locais achamos muito arriscado deixar o carro com toda nossa bagagem parado e sozinho em cima da carretera e também sem saber as condições de conservação das trilhas, ainda mais com a chuva que estava mais densa, nos levando então a desistir de visitar estes locais.
Como estes três pontos ficam para o sul e não valeria a pena voltar para Puyuhupi, decidimos sair 32 km da caretera e pernoitar na cidade de Puerto Cisnes, o que foi uma decisão acertada, pois a cidade é muito bonita, com várias opções de hospedagem a preços bons. Pernoitamos na Cabanas Y Quincho Cerro Gilberto, onde tivemos um ótimo tratamento, quase que personalizado, pois em outra cabana só há um casal que nos pareceu morarem aqui. Na janta de ontem estávamos sós no restaurante, e como em todo o local por onde estivemos os pratos disponíveis são peixe, geralmente salmão ou merluza a La plancha (grelhados) acompanhados de algum tipo de batata e salada de tomate e alface.
De Puyuapi até Puerto Cisnes a carretera muda muito, estreita, larga, ótima e muito ruim. Os 32 km de acesso a Puerto Cisnes têm 14 asfaltados e o restante em obras e ruim. Antes da entrada para a cachoeira do Padre Garcia, ainda na carretera, subimos uma serra que a própria imagem do GPS foi uma cena a parte, a estrada é muito sinuosa e está ruim. Embora estivesse chovendo e com pouca visibilidade passamos por lugares muito bonitos, pois a estrada foi feita entre morros muito altos, nos contemplando com cachoeiras, rios e picos nevados.
Saindo de Puyuhuapi
Começando a trilha
A ponte pencil.
Paisagens no meio da trilha
Parada para descanso
Este pássaro encontramos em vários momentos na trilha. Ao chegar no mirante descobrimos porque ele é tão gordinho: É alimentado por bolachas.
Ao chegar ao mirante, tinha muita neblina e a paisagem estava meio escondida
Mas já era bonito de se ver. Como cai água de lá!
Um tempinho de espera e o tempo começou a melhorar. Já dava para ver a pontinha do Ventisquero
Um momento de descanso enquanto aguardávamos a neblina passar
E ela resolver nos ajudar. Ele começou a aparecer
Foram as melhores fotos que conseguimos. As fotos não mostram toda a grandiosidade do local. Faltou um(a) bom(boa) fotógrafo(a) hehehe, ou o sol, que teria ajudado bastante. O lugar é lindo, e vale as 4horas de caminhada.
A serra em direção ao sul após a saída do parque
Assim que acaba a serra, se começa a avistar picos nevados. O lugar é lindo nublado, imagina em dia de sol! Pela localização, imaginamos que ali é o passeio "Bosque Encantado", que não conseguimos fazer. Não existe muita informação disponível sobre estes passeios.
Um tronco de árvore caído no caminho para Puerto Cisnes
A praça de Puerto Cisnes
A beira-mar
A cabana
A janta (restaurante exclusivo para nós)
oiii Ana e Carlão, maravilhoooosas as fotos e o lugares q estão passando; abção nosso
ResponderExcluirCriaturas, eu adoro bolachas huahuahuahua quero a foto desse pássaro para colocar nos vidros de bolachas huahauhaua. Essa parte da viagem me agrada, fazer uma trilha e achar um lugar lindo desses. Estou diariamente aqui e no face, na cola de vcs. Bjkassss
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