quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

9º dia – 30/01/10 – Arica-(X)?


Lembra que falei que o quarto era pequeno... (eu ainda não achei o ponto de interrogação deste teclado então enquanto isso conto com a sua interpretação hehehehe), pois é, o celular ficou carregando no banheiro e adivinha... ninguém ouviu ele despertando. O Carlão que acordou apavorado com o sol. Já eram 9hs, horario marcado para sair. Começamos mal o dia de subir a “montanha”.
Em 150km de viagem já estavamos a 3500m de altitude. Paramos na cidade de Putre para abastecer (não existe posto, compramos gasolina em galão dentro de um mercado... estranho ... muito estranho hehehehe). Sugeri ficarmos ali até o dia seguinte já que não sabiamos de cidade melhor até Lapaz, mas o grupo ficou com medo desta cidade. Então seguimos em frente.
Ali eu já estava meio mal com os sintomas da altitude, quando chegamos na fronteira com a Bolivia, eu sai do meu corpo. Fiquei ruim denovo, “bati no tatame” outra vez e fui pro carro. O carro me salvou duas vezes já nesta viagem. A Dores também não estava legal, ela já estava no carro. A aduana foi lenta e corrupta, o pessoal estava revoltado, mas eu não vi nada. Estava apagada dentro do carro.
O visual da fronteira é lindíssimo, tem uns vulcões com “picos nevados”, imagem muito bonita, mas não estava em condições de tirar foto. Hoje eu não tirei foto. Mas, existem outras máquinas nos acompanhando.
Quando eu ainda estava na moto, senti pingos grossos de chuva, abri a mão e era neve. Tipo em Ushuaia, coisa pouca, só para batizar mesmo.
O Vilson ficou com muito sono, disse que cochilou na moto várias vezes (que perigo... essa é para quem achava perigoso eu – carona – dormir na moto. Eu era fichinha...).
Conseguimos uma pousada uns 70km antes de Lapaz, indicada por uns bolivianos que conhecemos na fronteira. Como não sei o nome do local (se é que tem nome), chamarei de X.
Me reestabeleci com uma canja de galinha e um vinho chileno (no chile estava muito quente para tomar vinho).
Ah. Aqui faltou luz, mas tinha um gerador. Era indicado um banho por vez para não desligar o gerador. Mas, ele só serviu mesmo para as lâmpadas pois o banho foi bem “fresquinho”, e mesmo as lâmpadas só até as 22hs. De repente tudo se desligou e pronto.
O dia foi cansativo: altitude, frio, chuva, serra. Mas, pelo menos adiantamos bem o percurso. Amanhã a intenção é ir para Puno no Peru visitar o lago Titicaca. Mudamos os planos, Lapaz fica para a volta.
Ana
O dia de hoje talvez tenha sido o maior desafio do grupo até agora, pois além dos tradicionais desgastes das aduanas, enfrentamos todo o poder da altitude, falta de ar, enjoo e desconforto aliado a muita chuva e muito frio, mas altamente compensador pelas belas paisagens e picos nevados.
Quero registrar também que apesar de todas as adversidades enfrentadas neste percurso, o grupo estava ciente do que poderíamos enfrentar, e devido a isso estavamos preparados, e se alguem tivesse algum problema que pudesse entrar em situacao de risco, parariamos imediatamente, mas apesar de tudo o que mais preocupou foi o sono sentido pelo Vilson, o que so tomamos ciencia da extensao ao chegarmos no hotel. Apesar da falta de luz no hotel, o mesmo era bastante confortavel e nos permitiu uma boa recuperacao para o dia seguinte.
Carlao

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